Alunas de Artes Plásticas participam de oficina cultural relacionada ao autismo
ESCOLA DE CULTURA E ARTES

Com o objetivo de proporcionar uma nova vivência a suas alunas, a artista e professora de Artes Plásticas, Lea Moraes, fez da oficina “Tintas e Cores”, nesta terça-feira (4), sua sala de aula, na Escola Municipal de Cultura e Artes Maestro Mário Tintori (Emcea).
Com a iniciativa, as alunas, coordenadas por Lea, puderam ter contato com o tema TEA (Transtorno do Espectro Autista) e desenvolver pinturas divertidas, sem tocar diretamente na tinta, orientadas pela educadora Tânia Lima Theodoro, que ministrou a atividade. O objetivo da ação era expor técnicas, métodos e reflexões sobre o assunto.
Durante a oficina, foram usados saquinhos nas mãos para que não houvesse contato direto com a tinta. Lea explicou que algumas das crianças podem acabar tendo rejeição ao toque, não gostando da sensação de manchar as mãos; já outras podem querer levar a tinta para a boca. "O educador precisa ter essa capacidade de entendimento e criar uma adaptação sem forçar nada”. explicou.
A atividade fez parte da “Semana ARTEA (Arte e Transtorno do Espectro Autista)”, que traz a inclusão de pessoas com TEA e a conscientização sobre o assunto, por meio de exposição, palestra e oficinas. A Semana é realizada pela Prefeitura de Limeira, por meio das secretarias de Cultura, Saúde e Educação, com o projeto SerHUmano da Faculdade de Administração e Artes de Limeira (FAAL) e Centro do Professorado Paulista (CPP).
“O ambiente precisa ser confortável, cada aluno com autismo possui um perfil e uma evolução ao aprender, é preciso ter consciência disso. Mesmo eu sendo professora, não há um plano exato sobre como ensinar Arte para eles, preciso ir me adaptando de acordo com a reação que recebo. Pode acontecer de alguma das crianças chorar e não querer fazer a atividade ou então ficar muito agitada”, relatou a professora.
A professora da Emcea é surda e vivencia diariamente a importância da inclusão. Com a cultura artística, o objetivo de participar da atividade é criar uma boa experiência para as crianças com o transtorno, reforçando o aprendizado para as alunas participantes: Ana Carolina S. Souza, Vanessa Arlatis M. de Oliveira, Lavínia Ferraz e Isabella Dias da Silveira.